terça-feira, 26 de julho de 2011

Ela (!) e ele (?)

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Presença

A nudez da vizinha de frente logo se tornaria mais constante em sua vida do que sua própria sombra.
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A barreira

Seria dele ou seria dela mesma a invisível barreira que a impedia de se aproximar de mais?



A única

Ela era tantas – e todas tão irresistivelmente sedutoras ­– que, no fundo, a única unidade que a ele restara era a de sua própria solidão.

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31 comentários:

Paulo Francisco disse...

Fazer microconto não é fácil. Você conseguiu fazê-lo brilhantemente.
Um abraço

Maria Janice disse...

Não tem pop-up que se abra sobre todas as telas abertas em meu computador quando tu publicas tuas genialidades (todas)?

Sim, podes me bater, me chamar de ordinária, segurar pelos cabelos, vociferar minha ausência, conquanto saibas que, ainda assim, serei eternamente [admiradora] tua - única, neste universo de únicos daqui.

beijos de saudades.

genetticca disse...

Às vezes com pouco se pode dizer muito, você conseguiu detalhar o detalhe; a unidade da solidão; eu pergunto, tem também sua sombra a solidão? Tem presencia?. Acho que sim, a solidão e uma propriedade de todos alem da vida.

Beijos com cores.

Tania regina Contreiras disse...

Duas linhas e um mundo de reflexões: um dia aprendo a fazer isso? Hum...duvido. A única é um compêndio em poucas palavras...
Bjos

Emilia Vaz disse...

O mestre da blogosfera.Em tão pouco,sabes dizer mais do que qualquer um
Bjka,Toni

Danilo Augusto disse...

Este blog é uma Graça

Izabel Lisboa disse...

Também tenho uma boa vizinhança...
A solidão, que mora nos fundos, sempre se desnuda pra todos que abrem as janelas...é uma ótima vizinha, muito silenciosa!
O pecado, que mora ao lado, é um tesão...não me visita muito, mas eu não saio de lá!
A alegria, que mora em frente, viajou, ninguém sabe pra onde, sua caixa de correio está abarrotada...de contas a pagar...
A tristeza, que mora no andar de baixo, foi fazer um tour mundo afora. As últimas notícias que recebi dela vieram da Noruega...
O Tuca, meu vizinho do anda de cima, é phoda! rs
Beijos, um montão!!!

Márcia Luz disse...

E o que resta a mim? Que algo mais eu posso dizer? Ah! Esse vício de querer comentar... quando tudo já está dito em suas poucas linhas...

Tatuagem disse...

Sempre tem barreira...

Wilden Barreiro disse...

seus contos de réis estão sempre em alta no meu câmbio literário.
abraço

Moisés de Carvalho disse...

Maravilha de construção.
me senti privilegiado espectador...

um abração !

Vera Andrade disse...

Incrível como até seus textos mais sombrios exalam uma fina ironia, Tuca. Adoro!

Beijos

Americo Gentil disse...

Um tema em três variantes, com a sutil contundência de sempre, que se prolonga nas preciosas ilustrações.

Abração

Frederica disse...

epa, nem todas as mulheres são terríveis assim, Tuca.
eu, por exemplo, sou uma inofensiva víbora venenosa...
bjs

Nathalia disse...

que lindo seu blog, estou adorando ler!!! jah estou seguindo!!! :) me segue tb??? estarei sempre por aqui! beijocasss =D

Jey Cassidy disse...

Ai Tuca,me fala,que que eu faço com vc?kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Em uma linha você resume todo o caráter essencial,não que não o possa fazê-lo em 1500 páginas de lembranças. Mas eu amo o simples fato de dizer tanto,de dizer o que se guarda tão fortemente e se leva um assombro quando é revelado.
Maravilhoso seus contos de réis, sempren um afago de pêlo de ovelha para o meu ser desnudo.

FAMARTAN disse...

Parabéns pelo espaço! Acompanho a partir de agora

Aline Chaves disse...

Um dia, quem sabe, eu ainda consigo não gostar do que você escreve, Tuca.
Beijos

Lucia Helena disse...

A conta é essa mesma: a divisão da personalidade do ser amado multiplica a nossa solidão.

Deco disse...

Você anda racionando muito nossa cota de contos de réis, Tuca. Não emoreça, rapaz!

Abração

MeandYou disse...

OLá, Tuca!
Hoje teu blog e tua poesia estão no Me and You para apreciação de todos.
Chame seus amigos neste final de semana para ouvir sua poesia fantástica.
um grande abraço carioca

Thiago Quintella de Mattos disse...

Gostei desta: a única unidade era sua própria solidão!

Regina Lemos disse...

Saudades desses seus microcontos saborosos, Tuca. Bjs

Marcel Zaner disse...

Tenho uma coisa a dizer sobre os seus contos de réis que venho ruminando há um tempão. Direi, prometo que direi, assim que eu conseguir sintetizar uma idéia com 10% da sua competência...
Abraço

Bípede Falante disse...

Tuca, o aprendizado da solidão exige muitas vizinhas!!! :)
beijosss

Thiago Thi disse...

Clap! Clap!! Clap!!!

Antonio Alves disse...

Um sucinta trilogia sobre a solidão. Muito bom. Abraços

Clara Belisario disse...

Você fala muito e escreve pouco, Tuca. Mas consegue dizer mais, bem mais, escrevendo... rs

Beijo

Antonio Alves disse...

Um sucinta trilogia sobre a solidão. Muito bom. Abraços

Pólen Radioativo disse...

Tuca, como diria Drummond:
"às vezes, fulana existe tanto"...
Lembrei assim que li estas "contas" que adornam a pupila.

Tu és mil e mais um, querido!

Beijo, beijo, beijo...

Unknown disse...

de tantas e tanta singularidade, plural é a solidão


abraço