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(sem título)
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Lúcio Cardoso .
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Ó Estrela, carne
fulgurante, rosa do mar,
guia do solitário
navegante, amante dos heróis
––
.que nesta hora plena tua alma nos conduza
à amplidão sem fim,
perpetuamente recomeçada,
onde o perigo fala,
e tu, Estrela,
apascentas o rebanho
noturno das vagas.
Ó Estrela, dá-nos a
morte da surpresa,
o alfange erguido
como o castigo,
a recompensa dos
fortes, o teto puro
do céu desdobrado
sobre o mar...
Dá-nos a glória do
naufrágio.
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15 comentários:
Que o meu Bahêa coloque um pouco mais de drama nessa tragédia.
:-))) Só não gostei do comentário acima: Bahêa??? Arghh....:-)
Beijos,
Sem chance, Herculano. Uma derrota para o grande Bahia, mesmo por goleada, nada acrescentaria a nossa estatura trágica.
Bem, a não ser que o Papai Joel esfaqueie o Harry Potter ou o Loco Abreu...
Abraço
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Tânia
Dos times de grande torcida, o Bahia é o que eu menos destesto. Talvez porque esteja mais longe, né?
Afinal, para qual dos times você torce: Botafogo ou Bahia? Um abraço, Yayá.
Tuca, essa ode à nossa tragédia é tragicamente linda. Que bom que somos assim. Abraço!
Há em nós botafoguenses algo de bipolaridade, uma estirpe de incredulidade que nos leva a sempre relativizar a alegria. Antecipamos a tragédia, talvez, para sobrevivermos à ela. Afinal, acreditamos que há coisas que só acontecem ao Botafogo. Deduz-se daí um fatalismo, oriundo, quem sabe, de parentesco com a hiena Hardy. Um segundo após a conquista de uma vitória ou mesmo de um título, o bom botafoguense pergunta: mas até quando?
Somos diferentes e gostamos dessas peculiaridades. Nosso destino foi escrita por linhas, digo, pernas tortas. Mas Deus escreve o certo por linhas assimétricas, não é mesmo? Por tudo, a assimetria beijou essa instituição mais que centenária, porém com vieses tão juvenis.
Que a estrela solitária nos acompanhe!
"Bora Baêa minha porra!" Olha o grito que vai ecoar lá em São Januário contra o Botafogo para ajudar na glória do naufrágio...e mais um carnaval fora de época aqui em Salvador? Qualquer joguinho que o Baêa ganhe - até contra o Íbis! - vira festa por aqui.
Dá até quase vontade de torcer pelo Bahia. Mas quando perde aí é a torcida do Vicetória que faz festa. Então, tanto faz...
há um quê de tragicidade que se aplica na teoria geral da paixão pelo futebol, mesmo que os fatos provem o contrário (como disse Nelson Rodrigues)que se danem os fatos,
abraço
p.s. poema portentoso
o clamor às estrelas...mas quando o time está numa fase ruim, nem poesia à lua resolve,rsrsr
( mas o botafogo estava bem, não estava?)
O Botafogo está bem, Adriana. Mas isso pouco importa. É o sentido trágico, muitas vezes tragicômico, que marca a história do Botafogo como a de nenhum outro time, e que forja a alma - o karma? - do sempre supersticioso e pessimista torcedor botafoguense.
Homens... bah!!!
Porra, Tuca; a única vez na vida que não me importaria do Glorioso de General vencer o Glorioso da Vila e... Há coisa que só acontecem mesmo ao Botafogo; e ao Santos FC, que ajudou aquele certo time da Marginal sem número...
Abraço, meu caro.
Ricardo.
PS.: Estou meio 'enrolado', coisas da vida citadina, mas sempre lembro de teus conselhos (ou, pensamentos) - às letras! =)
Emotivo y sugerente texto en un original blog.T invito a seguir mi blog.Saludos.
O Botafogo é, antes de tudo, um vitorioso trágico.
Há braços.
Naufrágio ou não...a gente vai torcendo...
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