sexta-feira, 29 de março de 2013

O Grande Desfile de Pin-ups - Especial Cla e Glauco



Minha mestra em juventude eterna    .      .      .      .

Clarissa Leal, a fotógrafa Cla Leal, a minha amiga Cacá faz anos hoje. É o 19º ou 20º aniversário que ela comemora com a mesma carinha de adolescente que era quando ficamos amigos, no início dos anos 90. Há alguns anos, pedi a ela que me desse a receita. Ela deu, mas tudo que consegui foi infantilizar a minha alma até então adolescente. Apesar de não ser o que eu queria, valeu a pena. Fiquei bem menos chato e muito mais criativo. Parabéns e obrigado, querida! Penso sempre em você. Principalmente ao abocanhar a chupeta na hora de dormir e quando faço pipi na cama.

          Blog da Cacá: Cla Leal

                      .   .     .   .     .     .                                        ------------------   Imagens fontes ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


O patriarca da minha segunda família    .      .      .      .

Glauco Brandão também aniversaria hoje. Ainda não nos falamos, mas sei que ele está sorrindo este sorriso moderado e elegante que vocês veem aqui. Porque é assim desde que me juntei à família liderada por ele, então com 8 anos, e composta também por Carla, sua mãe, e Yula, sua irmã de 5 anos. De início, Glauco foi muito reservado comigo, decerto debatendo com seus botões sobre o sentido de ter em casa um maluco cabeludo e barbudo como eu. Mas em poucos dias me aprovou, e desenvolvemos um grande afeto que dura até hoje. É um amigão que me orgulho de ter. Uma amizade que nada pode abalar. Desde que, naturalmente, eu mantenha a camisa abotoada até o pescoço quando estou com ele... Parabéns, Glaucão!

              . .     .     .    .    .        .                                        ------------------   Imagens fontes ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


terça-feira, 12 de março de 2013

O Grande Desfile de Pin-ups - Especial Cris de Souza


.

.

                                    Tiro os pés do chão
                                    as mãos do espaço
                                    e o tempo diz
                                    que a dor não pousa

                                    Nada existe, não
                                    enquanto faço
                                    constelações de giz
                                    na noite lousa

                                    Só passarão
                                    ávidos pássaros:
                                    os olhos de Cris
                                    no céu de Souza 

   Blog da Cris: Trem da lira         

                                             ------------------   Imagens fontes ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



segunda-feira, 11 de março de 2013

O Grande Desfile de Pin-ups - Especial Eleonora



Ter uma irmã gêmea como a Eleô, dá é nisso: a pobre Nôra Marino Duarte nem pode comemorar com a devida indecência o seu aniversário, porque tem sempre a sombra palerma da irmã para deformá-la adiposa e jocosamente. Apesar disso, parabéns, querida amiga! Continue a destroçar corações e demais órgãos masculinos com a sua verve sensual de fêmea poeta. Beijos!

          Blog da Eleonora: Mnemosine 

                                             ------------------   Imagens fontes ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------.      .      .      .     .     . 

sábado, 9 de março de 2013

O Grande Desfile de Pin-ups - Especial Su Guimarães



Rio de Janeiro, 9 de março de 3013   .
Querida Suzana,

Não estou bem certo se tenho o direito de escrever a você para externar sentimentos que dizem respeito ao momento atual – o meu, o seu e, antes de tudo, o nosso. Esse receio é das pouquíssimas coisas que mudaram na minha nova vida. A morte não tem o poder, como a maioria das pessoas acredita, de mudar tudo. E tanto faz que seja a morte definitiva ou, como no meu caso, a morte com direito a vale-ressurreição.

Parece contraditório eu fazer esse preâmbulo tão delicado, tão íntimo, e tornar pública esta carta, em vez de enviá-la pelo correio com a rubrica top secret no envelope. Acontece que não faz parte do meu receio o julgamento de qualquer pessoa além de você. Não me atinge o que os outros venham a pensar, nem me preocupa que você possa se sentir exposta. Sem chance. Quem lê os seus blogs – e eu os leio desde a primeira postagem! – sabe que ninguém tem a necessária competência para lhe expor mais do que você mesma. Essa sinceridade radical e a capacidade de bem expressá-la são o que mais cativam a todos que a leem. A todos, sim, mesmo àqueles que supostamente não dão valor ao que você escreve, mesmo àqueles que aparentam, demonstram ou dizem não gostar de você. Nos quatro casos o que pesa, posso lhe garantir, é a frivolidade, o despeito, a inveja e... o medo... O MEDO DE SUZANA! Cristo, Ghandi, Luther King, Lennon... não morreram em decorrência dos eventuais defeitos que alguns viam neles, e sim porque eram amados. O amor, querida, é a pior das afrontas ao estofo estéril dos infelizes por vocação

Alguém escreveu:

Meu tio morreu de amor. Eu não quero morrer de amor, mas quero morrer amando. Amo mais o amor que o amado. Amados são vários, passam. O amor é que me faz leve, tranquila ou sobressaltada. É ele que justifica eu tão abstraída,  parada num trânsito caótico, esperando ser atendida pelo médico, numa viagem longa que não termina nunca. O amor me faz permanecer na fila de um banco o tempo que for, sem nem perceber. É ele que me distrai quando estou no supermercado, fazendo compras, lavando o carro, limpando a casa. É ele que me faz aturar aquela festa chata, aquela gente chata. O amor tira os meus pés do chão. Há quem tenha medo dele, eu não. Nem um pouco. Há quem diga que amar faz ferida, deixa cicatriz, mágoas, mágoas... pode até ser. Mas há tanta coisa nesta vida que faz o mesmo em nós e nem por isso ficamos nos esquivando delas, pois se esquivar do amor é dar as costas para a existência.(...)

O mesmo alguém escreveu também:

por ter acreditado, colhi todas as maçãs
amorosamente fatiadas
por ti
a mim ofertadas com votos de bem amada

e assim, caminho
pelas manhãs...

[não são tantas as alegrias
mas tenho sempre a ti
a velar na chama ardida
curar minhas feridas
das paixões mais vãs]

em amanhãs

Até amanhãs, querida. Todos, sempre!

Com amor em beijos,

Teopha

 P.S.: Não há erro de digitação na data desta carta. Posso perfeitamente lhe escrever daqui, de mil anos à frente do seu dia de hoje. O tempo não conta para nós, somos atemporais enquanto os nossos sentimentos assim o determinarem.

Blog da Suzana: O medo de Suzana

                        ------------------   Imagens fontes -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------                  .      .      .      .     .     .                   .      .      .      .     .     . 


terça-feira, 5 de março de 2013

O Grande Desfile de Pin-ups - V




Penetra no desfile
Esse sujeitinho aí invadiu os camarins das pin-ups querendo desfilar na marra. Eu disse não, no ato. Mas a trupe dele é da pesada, integrada por gente (?) que vai do Popeye ao Superman, da Swat à... Ku Klux Klan! Tive de recuar, e propus então (com apoio da KKK) que ele passasse pó de arroz nas fuças e desfilasse de Michael Jackson. Nada feito também. Daí que o cara entrou na passarela desse jeito mesmo, e ainda fui obrigado a prometer que ele poderá desfilar de novo, vestido de baiana: Barakarajé Baianobama.

A Bettie Page dos pampas

A estréia de Bettie Page neste desfile só poderia mesmo ser dar através da Andrea De Godoy Neto. Se Bettie é uma das principais pin-ups de todos os tempos, Dea é uma das grandes divas gaúchas da blogosfera e do feicebuque. Na sua última visita ao Rio, fui testemunha ocular de sua popularidade entre a gauchada “carioca”. Estive com ela no Café Lamas, tomado por uma manada gaudéria que incluía gente que há muito tempo não entrava naquele tradicionalíssimo templo da boemia carioca. Lá estiveram, afundando o pé na melancia (não existe jaca no Rio Grande do Sul) aos goles de caipirinha de chimarrão, celebridades como Gisele Bündchen, Xuxa, Daiane dos Santos, Fernanda Lima e Isabelita dos Patins; os três últimos técnicos da Seleção Brasileira (Dunga, Mano Menezes e Felipão), além de Paulo Roberto Falcão e do grande João Saldanha; a dupla rancheira Ronaldinho & Renato Gaúcho; os compositores Lupicínio Rodrigues e Teixeirinha; o Barão de Mauá; os atores Paulo José, Glória Menezes, Paulo Cesar Pereio, Walmor Chagas, Lilian Lemmertz e sua filha Julia; os escritores Mario Quintana, Lya Luft, Caio Fernando Abreu, Moacyr Scliar, Érico Veríssimo e seu filho Luís Fernando; e os ex-presidentes Getúlio Vargas, João Goulart, Médici, Geisel e Costa e Silva – os três últimos, felizmente, barrados na porta por Leonel Brizola.
           Blog da Andrea: Olhar em versos e inversos

                                                                                                                         ------------------   Imagens fontes -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  . 



A caneca favorita do Jesuíno .  .  .  . 

Marilyn Monroe não tinha muito crédito com o artista plástico e meu grande amigo Hélio Jesuíno. Mas Silvia Maria Camargo Rocha tinha crédito de sobra, tanto que ele jamais conseguiria pagá-lo, mesmo que tivesse a decência de não partir tão cedo. Eles tinham suas diferenças, como todo casal, mas tinham também, além de três filhos gente fina, um hábito que me causava inveja: era freqüente saírem para beber juntos. Às vezes com outras pessoas (inclusive comigo), às vezes só os dois. E varavam madrugadas consumindo álcool e fantasias, combustíveis indispensáveis para todos que como eles nasceram com a alma enluarada.

                                                                                ------------------   Imagens fontes ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- .  .  .  .  .  . .  .  .  .  .  .   .  .  .  


Parada na esquina .  .  .  .

Nina Rizzi está parada na esquina. A esquina não fica entre duas ruas. As ruas estão desertas, porque toda a cidade saiu de casa ao mesmo tempo. O tempo corre tão rápido quanto o espaço. O espaço não significa mais nada. Nada é tudo o que o mundo inteiro sabe agora. Agora ninguém tira os olhos da maldade. A maldade é doce e grudenta como melado. O melado escorre dos corpos assolados pelo verão. Um verão inclemente como a verdade. A verdade não passa de uma miragem. A miragem é Nina Rizzi, parada em todas as esquinas.
    Blog da Nina: Quandos

                                                                                                                                   ------------------   Imagens fontes -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 


Angelina Jolie made in Cissa .  .  .  . 

Sofia Feijó não é menos bela que a mãe, Cissa. Só que ainda arranjou, não se sabe com quem, lábios tão carnudos como os da Angelina Jolie, porém mais delicados, e um par de olhos orientais que desorientam qualquer um que a encare. Fiquei sabendo do nascimento da Sofia na ocasião, mas só fui conhecê-la aos 6 anos. Temi alguma eventual hostilidade, afinal eu era o primeiro namorado da mãe desde que ela se separara do pai da Sofia. A menina não dizia nada, só mantinha aqueles olhões fixos em mim, me estudando. De repente, falou: “Quer ver a minha imitação de pulga?” E saiu pulando de quatro, mais para rã do que para pulga. E, pronto, fiquei amigo para sempre da pulga rã, que atualmente dá seus pulos na Áustria. Ou na Noruega, ou em Bornéu, ou em Madagascar, ou... sabe-se lá para onde pula uma sifonáptera batráquia.

                                                                                                          ------------------   Imagens fontes -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


             .  .   .   .    ..   .   .   Minha obra prima em 27º grau?       .  .  .                       .   .   .   .   .   .   .

Segundo acurada investigação que fiz na minha árvore genealógica, Patriccia Zamagna é de um ramo da família que eu não tenho a menor idéia em que galho fica. Ela disse que é minha prima (sabe-se lá em que grau longínquo), mas disse através do feicebuque, e o que é dito pelo FB não se escreve, né? Vai que o Zamagna dela não seja da Itália, mas do Paraguai... Bem, pouco importa. Mais vale um Zamagna falsificado que um legítimo Berlusconi. Além disso, a Patriccia parece ser uma grande pessoa, talvez do tamanho da Vênus de Milo. E com braços!
  ...      ------------------   Imagens fontes -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- .  .  .  .  .  .  .   .  . 


                                                                                                       .      .       .       .    .       .   .      .      .      Dada Jenny Paulla e Dada Jey Cassidy  .  .  .  .  .  . 

Jenny Paulla (à esquerda) e Jey Cassidy são frutos do neodadaismo fornicatório entre Jennyfer Galdino e, respectiva ou concomitantemente, o cantor Benito de Paula e o mocinho do cinema norte-americano Hopalong Cassidy. (O “L” dobrado de Paulla é uma homenagem de Jennyfer a Leuñub Siul, seu rinoceronte de estimação, cujo nome é uma inversão anagramática de Luis Buñuel, nome de seu diretor de cinema predileto.) Jennifer produziu dezenas de outras neodadafilhas, com parceiros os mais variados, tais como Pablo Picasso, Boris Karloff, Einstein, Chacrinha, Edgar Allan Poe, Muhammad Ali, Zé do Caixão, Don Quixote, Bento XVI e Tiririca. Infeliz ou felizmente, todas elas pereceram soterradas durante uma erupção vulcânica no sótão da Mansão Galdino, em Rio Grande, Missouri.

         Blog da Jenny Paula: Neodada.ismo         
         Blog da Jey Cassidy: Arque-tipos
                                 ------------------   Imagens fontes --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

.
Pinapos do dia

O pinapário de Lord Rai .  .  .  .   . Maria Arlete Gonçalves, a Lelépida (à esquerda), e Shirley Fioretti são duas das pouco mais de duzentas pin-ups que integram a coleção particularíssima de Lord Raimundo Bandeira de Mello. Uma distinção e tanto, porque para o Rai não basta que uma mulher seja bonita e sensual, tampouco sensível e inteligente. É necessário bem mais: as eleitas precisam ser deusas – e com no mínimo cinco anos de experiência comprovada na carteira de trabalho. Exagero dele? Excentricidade? Frescura? Não, não e não. Várias décadas antes de partir há cerca de um ano, esse gentleman radical já sabia que só divindades poderiam freqüentar a simples porém aconchegante maloca que mandou construir em Passárgada, onde não é amigo do rei mas é “assim” com a rainha.

                                                                                        ------------------   Imagens fontes ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


 Friedrichantonio, o transformerista .  .  .  . 

Friedrichantonio transformaterializou-se durante a leitura da tradução alemã das obras completas de Marcantonio Costa por Friedrich Nietzsche, mais precisamente numa estrofe (abaixo) do poema Garten. Os dois já se conheciam fazia algum tempo, quando o poeta consultara o filósofo após tentar seguir, sem sucesso, a fórmula de evolução prevista em Also sprach Zarathustra: passar de camelo a leão e de leão a criança. “Meu problema – disse Marcantonio na ocasião – é iniciar o processo, porque o mais próximo de um camelo que consegui ser foi um tamanduá com bico de ornitorrinco”. “Você devia tentar prosseguir assim mesmo, meu rapaz.    Quem sabe não chegará a um resultado final até melhor?” – disse Nietzsche. “Ah, eu bem que tentei – disse, desolado, o poeta – e de tamandurrinco passei a texugo e de texugo a uma barbie.” “Eureka!” – exclamou, com falso entusiasmo, o filósofo, e ato contínuo entregou a Marcantonio um cartão de visita no qual se lia: “Sigmund Freud – PSICANALISTA”.
A estrofe de Garten que gerou Friedrichantonio:   .     .    
Ein Novum:
Der neue Architekt (die den alten Stil hasst
Und in einem Manifest gegen die Tradition
Daedalos schickte die zehn Finger in den Arsch schieben)
Phlegmatiker ist die Gestaltung ein Labyrinth gewidmet
Von Hecken
Die, wenn sie genau, wird als sapo springen
In die Freiheit.

Tradução:
Uma novidade:
O novo arquiteto (que detesta o estilo antigo
E num manifesto contra a tradição
Mandou Dédalos enfiar os dez dedos no cu)
Dedica-se fleumático a projetar um labirinto
De cercas vivas
Do qual, se preciso, pulará como um sapo
Para a liberdade.
        
           Link do poema do Marcantonio: Drei Gedichte Oktober
           Blog do FredrichantonioTemporäre Blaue

              ------------------   Imagens fontes --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- .  .  .  .  .  .  .  .  .