. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Anga Mazle
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sem meias
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sem meias palavras à mão,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sem fecho
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sem fecho éclair nos lábios.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Com força
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Com força de expressão certeira
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Do medo
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Do medo de acertar o erro:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O pouco que ainda és
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No nada que te tornaste,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O mínimo que me tornei
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No tudo que podia ter sido.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis a sombra monstruosa que me segue
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Será a do teu corpo poderoso e indefeso?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Será a da minha alma enrugada de ausência?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis esse corpo e essa alma indistintos
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Entrelaçados pelo desejo de seguir
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A passos de macabro minueto
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Na celebração desmedida do fim
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Que não haverá, que não poderá haver
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Até que eu enfim te diga:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis o sonho de amor, eis o sexo
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis o que queremos quando já não o temos
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis o meu coração, eis o meu nariz, eis a dona deles
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis escancarada a porta de entrada
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Para duas novas vidas possíveis.
Imagem: a atriz Barbara Stanwyck, c. 1935.
41 comentários:
Lindíssimo, Anga!
Versos de uma profundidade extraordinária!
Grande abraço.
Uau,
Que tudo Anga!
Sou uma mulher sem meias tbm.
Mas meias verdades, palavras, vida.
O resto segue e vira consequência!!
Bjão!
No meio de um tudo sempre deixo um sinal de fumaça!
Escancaremos as portas da vida!
Anga,
BE-LÍS-SI-MO poema!
Que ótimo passar aqui hoje! Gostei da primeira até a última palavra. Feito para mim, na medida certa, tamanho exato. Encaixou de forma magnífica.
Um abraço!
Eis uma mulher diante de um homem, eis uma relação falida, eis a verdade: cai fora, cara, antes que ela perca de vez a paciência e acabe com a tua raça!
Ah, como vocês são doces e poderosas, Anga!
Beijos
Oi Anga.
Amei o texto, bem "tá tudo em ordem agora".
Beijo.
Fernanda.
M'agrada, m'encanta la teva poemes profundament Anga.
"Eis tudo" és tot!
Una abraçada
Uau, você me mata, Anga!
Para me fazer renascer, lógico. Qual de nós já não viveu algo assim? Feliz de quem, como você, é capaz de fazer um desabafo tão intenso e profundo!
Beijos, linda!
Demais, demais, minha querida!
Uma das coisas mais lindas que já li sobre esse tema. Sem exagero, com toda a verdade dos meus sentimentos que você tocou com tanta sensibilidade, Anga.
Beijos e beijos!
Demais, demais, minha querida!
Uma das coisas mais lindas que já li sobre esse tema. Sem exagero, com toda a verdade dos meus sentimentos que você tocou com tanta sensibilidade, Anga.
Beijos e beijos!
Poesia que assanha
ou poeta que atiça?
O início do interlúdio
ou o fim
do telúrico?
BeijooO*
é bem verdade anga, podemos sempre cntar com um manobrista bem jeitoso para arrumar o carro em qualquer sitio ;)
Anga,
Vim retribuir a visita.
Ja mandei passar um paninho na mesa e trocar a toalha pra quando você voltar.A bebida por conta da casa, se mo contar a do japa.
Ah, quanto ao poema, ja separei uma garrafa de Absinto procê...rs
bjo
Muito bom o poema!
Sempre é bom ter uma porta escancarada à espera de nós.
Abraço!
Eis que dá prazer em ler belas coisas assim...
Ótimo blog, abraço.
Lindo, lindíssimo, Anga!
Bjs
Grande Anga, a maior poeta do Brasil!
Exagero? Tá bom... Média Anga, a maior poeta do Desinformação Seletiva!!!
Beijos
Adorei o jogo com as palavras, palavras bem intensas e profundas, diga-se de passagem e de beleza ímpar.
Obrigada por soltar linhas tão bonitas pelos meus ares!
Volte sempre!
Beijos!
Obrigada, Zélia. Daqui a pouco vou dar uma passadinha no Ad litteram.
Beijos
Tudo é você, Sil, com meias ou descalça, com ou sem óculos!
Beijos
Eu também deixo sinais de fumaça em tudo, Michelle. Fumo desbragadamente... rsrs
Beijos
Escancaremos, Ana! E as janelas, basculantes e clarabóias também, combinado?
Beijoss
Obrigadíssima, Lily!
Você sabe que vindo de você qualquer palavra é de ouro, não sabe?
Gosto cada dia mais dos seus textos e de você - eu e toda a torcida do flamengo (no bom sentido) aqui do blog!
Beijos
Exatamente, Aloisio.
Doces? Poderosas?... As outras mulheres podem ser, que eu sou fraquinha, fraquinha. E mais azeda que acerola com TPM!
Beijos
Tudo bem, sempre está pra mim, Fernanda. Mas em ordem... é ruim, hem! Sou uma desordenada profissional!!!
Beijos
Obrigada, JL!
Una abraçada e una bezada!
(Não leve a mal a minha ignorância do catalão!)
Obrigada, Aline. Mas, na verdade (que ninguém nos ouça), eu mesma nunca vivi essa situação do poema!
Beijos
Valeu, Vera. Fico feliz por isso, sei bem o que você passou. Na verdade, este poema é inspirado muito mais na convivência com os amigos do que na minha própria vivência.
Beijos
Belas perguntas, Valéria!
Só não espere que eu as responda logo hoje que clareei mais o cabelo...
Beijos
Dou uma sorte tremenda em sorteios, Tatiana. Então, se eu engordar, a culpa será toda sua!
Beijos
Psss... não espalhe, Ana! Se a mulherada toda ficar sabendo, acaba a nossa mordomia com o manobrista!
Beijos
Oba!!! Se eu deduzi bem, Lufe,o absinto será por conta da casa, é isso?
Se for, vá separando várias garrafas, que vou aparecer com um estoque de anedotas de japa!
Beijos
Obrigada, Rob. Já já, darei um pulinho virtual em Curitiba.
Beijos
Amo esse seu lirismo carregado de ironia, Anga.
Quando vi o título e essa foto da meiga Barbara Stanwyck com luvas de boxe, já antevi coisa boa.
Beijo
O mundo gira e não nos cabe a menor participação nessa ciranda avassaladora.
Oi Aga, retribuindo a visita e te convidando para mais um delírio em Abbsinto. Aliás, delirante o seu poema. Tenho a maior dificuldade de fazer poemas rimados. Então, admiro muito quem os faz com tanta beleza.
Beijo grande
Olá Anga! Obrigada pela visita e já estou amando tudo que encontrei por aqui... Harmonia perfeita, tudo muito profundo e poético... Voltarei concerteza!
Bjusss
Que delícia ouvir isso, Priscilla!
Beijos
Obrigada, Tita querida!
Sacaneia, Antonio, vá sacaneando... Se eu contar aqui aquele seu mico no restaurante, você vai adorar, né? kkkkkkk
Beijos, queridão!
Você é mesmo preciosa, Pérola!
Linha, muita linha e bons ventos para todas as suas pipas encantadas!!!
Beijos
Puxa, Carla, tô ficando previsível... Mas obrigada, linda!
Beijos
Pode até ser, Fred. Mas eu vou me metendo e participando, não quero nem saber. Se a ciranda não me aceitar, danço a cirandinha com as pessoas queridas!
Beijos
Delírio no Absinto é comigo mesma, Malu!
Rimas??? Se tem alguma ou algumas no poema, foi por acaso.
Mas qualquer hora arrisco um poema rimado e dedico a você.
Beijos
Maravilha, Zélia. Damos sorte com as Zélias. Agora temos você, Gadelha, além da dulcíssima Guardiano, que abre os comentários desta postagem.
Beijos
"O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!
Cecília Meireles
Noite de amor e Paz....M@ria
Ótimo poema, Anga. Inspiradíssimo!
Um beijo
Cecília é sempre bem-vinda aqui no DS. E você também, Maria!
Noite de amor e paz pra você também, querida.
Beijos
Obrigada, Americo!
Beijos
Anga,
Em primeiro lugar: muito obrigada pelos comentários no meu blog. Espero que, sempre que possível, você continue me visitando!
Agora, sobre o (também) SEU blog: que maravilha! Acabei de conhecê-lo e já me perdi por um bom tempo nele. Dei boas risadas e tb refleti um bocado. Parabéns! Já estou seguindo!
Grande beijo.
Muito sofrido quando a gente percebe que o amor acabou, a relação agoniza e não há mais nada a fazer senão recomeçar sozinho.
Uma separação serena de pessoas amadurecidas pela vida...
hã?...espero que não sejam necessárias as luvas de boxe.
Beijokas
Olá, lindo e interessante td, abraços
Anga,
Uma porta escancarada pra vida... tudo é possível, até duas velhas novas vidas pra viver.
É sempre bom, quando podemos deixar as portas abertas, se bem que em algumas temos até que colocar tranca.
Bjs
Pode contar comigo lá, Juliana. Gosto de trocar figurinhas com quem também gosta.
Que delícia saber que você gostou daqui. Mais uma razão para a gente se aproximar.
Beijão
As luvas de boxe são metafóricas, Lua. Jamais eu a usaria contra um homem, Ia é apanhar muito. Em homem só se bate com soco inglês... rsrs
Brijocas
Obrigada, Ives.
Beijo
Cada um tem sua receita, Ira. Mas a porta escancarada, no caso, é... Bem, não gosto de explicar o que escrevo. Quem sou eu pra dizer que o que escrevi é realmente o que eu penso ter escrito, né?
Beijos
Anga, que perfeito, adorei!! Lindo! Lindo! Lindo! Eu não gosto de " meias verdades" .... Ah, minha amiga desculpa eu estar tão preguiçosa? Não respondi ainda seu comentário no meu " Um pouco de tudo..." Mas fiquei tão feliz com a sua visita. Aqui ó, não fiquem com ciúme da Dilma, eu também amo vocês, tá? Kkkkkkkkkkkk. Realmente ando muito preguiçosa, é que bateu o meu lado Taurina, preguiça e comilança é só o que eu quero agora.... Grande beijo, e parabéns pelo seu belo post!!! ^__^
Anga, que perfeito, adorei!! Lindo! Lindo! Lindo! Eu não gosto de " meias verdades" .... Ah, minha amiga desculpa eu estar tão preguiçosa? Não respondi ainda seu comentário no meu " Um pouco de tudo..." Mas fiquei tão feliz com a sua visita. Aqui ó, não fiquem com ciúme da Dilma, eu também amo vocês, tá? Kkkkkkkkkkkk. Realmente ando muito preguiçosa, é que bateu o meu lado Taurina, preguiça e comilança é só o que eu quero agora.... Grande beijo, e parabéns pelo seu belo post!!! ^__^
Imperdoável, Elaine, essa desculpa esfarrapada da preguiça. Você está mesmo é trocando - a nós todos aqui, não só a mim - pelo Dilmão.
Mas se ela ganhar - e vai, né? - eu te perdôo, queridona.
Obrigado, mais uma vez, pela força que você me dá!
Beijos pra você e pra Dilma
Surpreendente jogo de palavras!
Viajei fundo nesse poema de beleza rústica,
Bj.~
Obrigada, Ester.
Palavras de polimento especial para a minha poética rústica!
Logo voltarei a viajar em seus Uni ver sos.
Beijos
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