quinta-feira, 29 de abril de 2010

Merreca de contos de réis

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Amor burocrático

O amor pelos livros já não era o mesmo. Folheava-os, apenas – e burocraticamente, não mais como se folheasse nádegas.

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Não sei que lá

É só um não sei que lá, mas desses que não desgrudam. Ora coça nas idéias, ora dá câimbra na alma. Quando parece dar trégua, vejo o sol se pôr e a lua nascer... ambos cobertos de urticárias.

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Esquecimento

A mulher perguntava toda noite: “Passou o ferrolho na porta?” Como sempre, ele havia se esquecido. Um noite, enfim se lembrou, e foi feliz para o quarto esperar a mulher perguntar, esquecido de que ela o deixara de manhã.

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Leia mais 11 contos de réis, aqui, e 12, aqui.

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9 comentários:

Marcia Teixeira disse...

Ótimos os continhos. E linda a foto. O que é ou quem é Almocreve das Petas?

Marcel Zaner disse...

'Esquecimento' é um belo desenvolvimento da expressão popular 'passar a tranca depois da porta a arrombada'.

Americo Gentil disse...

Muito bons os três textos. O primeiro é genial. E a ilustração, que achado, hein!

Celinha H disse...

Gostei, gostei bem, Tuca. Mas depois dos 11 e dos 12, estava esperando 13 contos e não 3. Ficou um gostinho de quero mais. Bjs

Carla Wertter disse...

Belo post. Seus pequenos contos são fortes, com um humor irônico e sombrio que deixa a gente um tanto perplexa mas deliciada. Muito criativo e engraçado tudo que li no blog de vocês.

Luisa Queiroz disse...

Ótimos como os já postados antes, esses seus microcontos, Tuca.

Deco disse...

Concordo com a Celinha. Três é pouco, dose pra principiantes...

Vera Andrade disse...

Sofro muito de não sei que lá, sei como é isso. Mas o meu, além de mim, ataca quem está por perto. Atacar o sol e a lua é o máximo, ô não sei que lá mais perfeito!

Antonio Alves disse...

Larga de preguiça, Tuca, vamos logo aos 13 contos de réis!