sábado, 16 de janeiro de 2010

Nova luz (de archote) sobre o Enigma da Pedra da Gávea

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Eminente jurisconsulto e artista plástico
suplementa o post do Prof. Rocha Braga



Recebemos como comentário à postagem O Enigma da Pedra da Gávea, de autoria do venerando Prof. Edson Rocha Braga, o texto que a seguir aqui reproduzimos, tendo em vista a sua relevante saliência histórica e, ainda, o renome, prenome e sobrenome de quem o remeteu. Ninguém menos que o respeitado desembargador-dechavador e célebre pintor microscopista hiper-realista Jorge Eduardo Alves de Souza, também fundador e primeiro interno do Instituto de Belas Artes Esquizóides Felipe Eduardo Pinel. (Ao lado, Alves de Souza quando jovem, auto-retratado por seu assistente e colega de cela Edgar Degas.)

Quem quiser ler primeiro o artigo do Prof. Rocha Braga, para não se perder nesse salseiro histórico-geográfico, clique aqui. Ou, se preferir, pode descer a barra de rolagem vertical por cerca de 746,2 metros, o equivalente a um mergulho do cocoruto do Cristo Redentor até o par de bocas sul do Túnel Rebouças. E vamos ao comentário do Mestre Jotaé:
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O que o Prof. Rocha Braga não esclarece é o fato de que àquela época, 352 anos e dois meses A.C., o nível do Oceano Atlântico estava muito mais alto (curiosamente apenas nas cercanias do Rio de Janeiro), razão pela qual tanto a Pedra da Gávea como o Pão de Açúcar configuravam-se como pequenas ilhas.
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O Governo Tamoio lançou então um concurso mundial de esculturas naquelas duas ilhas, obtendo apenas a participação do artista fenício Wyhlm Rhsjk e do escultor egípcio Ramsés Bounarotti, que se dispos a esculpir um Ibis no então Pãozinho de Açúcar.
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Ao cabo de quarenta e dois anos (o Prof. Braga somou a estes os três anos que durou o julgamento), as autoridades tamoias declararam um empate. Como não haviam previsto essa possibilidade, picaram os dois artistas e ensoparam-nos com inhame, servindo um banquete às comunidades carentes da que seria a futura Rocinha.
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10 comentários:

Jotaé Alves de Souza disse...

Meu prezado Tuca Zamagna,

Fico-lhe imensamente grato por acolher meu humilde reparo à tese do preclaro Rocha Braga, pois que dificilmente os fenícios conseguiriam escalar a Pedra da Gávea utilizando a embarcação que os trouxe até aqui, embora haja registros de tentativas de escalada daquela montanha a bordo do Metrônibus Largo do Machado-Cosme Velho. Todas frustradas por excesso de alpinistas.

Quanto ao Instituto de Belas Artes mencionado, esclareço que tal instituição jamais saiu do papel canson. Na realidade sou o fundador das Organizações Vira-Lata Dormindo cujo objetivo empresarial é o prejuízo. Desde a constituição das OVLD ocupo o cargo de Primeiro Mandatário acumulando o posto de Vice-Primeiro Mandatário para que na falta do Primeiro eu possa ocupar automaticamente as funções do posto vacante.

As OVLD subdividem-se em diversas diretorias, tais como Faz-tudo, Carretos e Traslados, Prejuízo, Limpeza de Fossas Existenciais, estando no momento vaga a Diretoria de Sacanagem e Pornografia, para a qual me arvoro em convidá-lo, caro Zamagna, a o-CU-par.

Do seu admirador,

Jotaé

Tuca Zamagna disse...

Honra-me profundamente o seu convite, caro desembargador. Mas não me vejo com competência para exercer cargo de tamanha responsabilidade. Na verdade, sacaneio e pornografo amadoristicamente, menos por vocação do que por imposição do meu exacerbado espiríto de porco judaico-cristão, temperado também, devo admitir, por minha índole escatológica de origem islâmico-evangélica.

Quem sabe um cargo subalterno na referida Diretoria, onde eu trataria da burocracia menor, como por exemplo dar uma carimbada numa ou outra funcionária insatifeita no casamento, ou até mesmo aplicar uma injeção de ânimo no traseiro vasto e derreado daquela viúva que cuida do arquivo morto - ou broxa, no caso.

Você vê aí, amigo. Havendo uma brecha, por mais humilde e apertadinha que seja, tô dentro.

Abraço deste seu devotado discípulo!

Marquesa disse...

Caros Senhores,

Não sei como consegui viver até minhas 118 primaveras, completadas neste tórrido verão, sem tão preciosas e essenciais informações.

Gratíssima,
Marquesa

Tuca Zamagna disse...

Aproveita então, agora que está vitaminadíssima, pra sentar a ripa na xulipa, ninfetona!

Maria disse...

Isso é coisa do Nelson...

Marquesa disse...

ó Zamagna, já me tornas úmidas as entranhas, a ripa e a xulipa. Sentar tornou-se experiência pouco recomendável. Bem-aventurados os que deitam e rolam.

Tuca Zamagna disse...

Nelson??? Qual deles?

Por favor, Maria, assinale com um x o Nelson a que você se refere:

a) Mandela
b) Piquet
c) Cavaquinho
d) Sargento
e) Gonçalves
f) Ned
g) Freire
h) Jobim
i) Carneiro
j) Xavier
k) Dantas
l) Pessoa
m) Pessoa Filho
n) Motta
o) Bob
p) da Capitinga
q) Nenhum dos nelsons anteriores

Tuca Zamagna disse...

Ó bem conservada Marquesa secular!

Qualquer desejo, por mais ardente e louco que seja, é obra do espírito. E se o espírito dá na telha de baixar, que se dane o corpo, mero "cavalo".

Saravá, pomba-gira que, quando fica descalça, se despenteia e tem um troço, ninguém pode segurar!

Anônimo disse...

O inhame só foi introduzido na dieta brasileira no século XVII trazido pelos negros africanos.

M'bwa Tikomo

Tuca Zamagna disse...

O que foi introduzido, e não só na dieta brasileira como também nos negros, foi a mandioca, Tikomo. Escravo não trazia porra nenhuma para cá, a não ser suas idéias libertárias que o tempo vem provando serem absolutamente utópicas. Nos porões dos galeões negreiros o que eles comiam era broto de capim colonião cru, que era espalhado em grossa camada pelo chão, à guisa de colchão e latrina. As vezes rolava uma sopa rala de farinha (de trigo, mandioca, milho) ou de polvilho (o comum ou, nos dias santos, o antisséptico Granado). Quando o cozinheiro era bonzinho botava na sopa as peles e vísceras de ratos e batráquios, iguarias disputadas a tapa pela tripulação.

Mais: há várias espécies de inhame nativas, algumas comestíveis. A mais consumida hoje é exótica, mas originária da Índia - e não da Africa, seu sambista crioulo doido!

Tem também o inhame-cará, que não é da mesma família mas foi por ela adotado. O mais conhecido é o caratinga, que dá nome à cidade onde a espécie mais grassa. A polpa é branca, mesmo depois de cozida, e a casca é amarronzada, mas raramente tão escura quanto a do inhame. Exemplos desses dois tipos de caratinga: Ziraldo e Agnaldo Timóteo.