terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Vadia Lorcca

.
 .  .ninguém vai poder dizer que eu não disse –– sob   .  .  .os primeiros cascos do dia  ––  a tua cidade noturna
                                                                                                                                                                  Carla Diacov    

tua cidade é teu armamento
veja os espíritos em neon
o silêncio relativo ao silêncio engarrafado e vendido
beneficência onde tudo é concreto
tua cidade é teu armamento veja os espíritos sob as manhãs vermelhas
beneficência onde tudo é decreto
tua cidade é teu sexo teu armamento
veja

#
vizinha
a distância é a cidade uma ou duas ou três bicicletas após o teu nariz
queridinha
a distância é a cidade

#
uns lugares servem aos outros: a cidade formiga: uns lugares carregam os outros. não há esmola. tua cidade é trespassada pelos teus rastros: não há esmola.

#
a cidade se perde dentro de casa. você me olha. o hidrante no meu olho destorce a periferia. preciso cortar tuas unhas e você me olha torto. segundo o mapa não há retorno: a cidade se perde entre as tuas veias.

#
dizes AH!: em tudo um filme lindo metido na tua cidade.

#
as prostitutas da tua cidade. uma vez minhas, as mães e as igrejas da tua cidade. e num beco qualquer uma condição: alguém estará soprando a poeira de um vinil do banguela chet. os gatos todos da tua cidade e um pequeníssimo susto: alguém acende um apartamento inteiro da tua cidade.

#
as janelas e a pronúncia das janelas da tua cidade. as linhas presas nas linhas da tua cidade, os sapatos nos fios, os fios e os sapateiros. o caminho ao largo. o largo passeio. os sobreviventes e os pioneiros e uns mascotes. .barulho de cascos: é a tua cidade: that old feeling e seguimos.atravessando banguelas estações.

9 comentários:

Dario B. disse...

A cidade te olha com ares de mãe e enfado. E tudo é concreto.

Aline Chaves disse...

"segundo o mapa não há retorno: a cidade se perde entre as tuas veias."

Selecionei esse trecho fantástico, como poderia selecionar muitos outros. É muito forte e surpreendente a poesia da Carla Diacov.

Beijos, Tuca!

Tuca Zamagna disse...

遇搜證,徵信社推薦,尋人啟事,徵信社工作,台中徵信社,女人徵信社台中徵信公司,通姦,離婚,婚姻,感情蒐證,徵信,桃園徵信社,婚外情,法律諮詢
徵信社工作,
合法徵信社,法律諮詢,小三,律師,婚姻挽回,徵信社價格財產徵信,第三者,尋人查址彰化徵信社,台中徵信,免費法律諮詢,政府立案徵信社,出軌

徵信法公司,通姦蒐

Inma_Luna disse...

Bello blog.
Saludos

José Carlos Sant Anna disse...

A densidade [da cidade] palpável nas suas entranhas nos limites das suas bordas e do seu concreto não se sustenta sozinha, não se estranha, tampouco se objeta: se estufa na jurisdição do seu espaço.

Abraços, Tuca!

Sylvio de Alencar. disse...

Cidades...

Victoria disse...

Este año como cada año, nuestro tren parara en alguna estación, depende de cada uno de nosotros dejar ir a la tristezas, miedos, frustraciones, malos momentos, desamor. Agradece a cada uno de ellos.. su compañía y sus enseñanzas, aunque hayan sido dolorosas, déjalos ir, déjalos bajar de este tren. Deseo que en esta parada, a tu tren suban miles de bendiciones, sueños alcanzables, amor, abundancia, fuerza y determinación para seguir tu viaje.
Hoy en mi vagón quedaran puestos desocupados y espero te sientes a mi lado para compartir junt@s este nuevo viaje. FELIZ NUEVO COMIENZO EN ESTE AÑO 2015!!!

VoyagesetAbstraits disse...

Très joli post !

Sam disse...

quem é carla diacov?
quem são todos vocês?
acabei de nascer e vim dar aqui, desinformadamente e de forma pouco seletiva. aqui estou, fico.
gostei.