quinta-feira, 1 de julho de 2010

A produção

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Relatava sem parar, embora nada se produzisse na repartição. Morto há décadas, ainda hoje expedem-se relatórios inéditos feitos por ele.
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12 comentários:

AC disse...

E, aposto, exemplares na forma e no estilo. :)

Abraço

Antonio Alves disse...

Não duvido nada que essa situação kafkiana aconteça aos montes nas repartições públicas deste país...

Malena disse...

Também em Portugal, seria possível. Se os mortos recebem correio das repartições públicas, porque não este ser enviado por mortos?

Aline Chaves disse...

Achei graça na situação, imaginando funcionários prevaricadores expedindo relatórios deixados pelo falecido. Mas a interpretação da Malena é mais surreal ainda.

Americo Gentil disse...

Nada mais real, infelizmente, do que este belo absurdo!

Regina Lemos disse...

Adorei!
Bjs

Tuca Zamagna disse...

Provavelmente, AC.

Nem eu, Antonio.

Interessante a sua perspectiva, Malena.

Pois é, Aline.

Sem dúvida, Americo.

Eu também, a sua visita. Você andava meio sumida.

dani carrara disse...

gostei. tudo muito desinformado.

abraços

Pedro Monteiro disse...

Parabéns pra você!

Eu sou Pedro Monteiro,
E estou a seu dispor.
Sou militante da paz
Com muita crença e fervor,
Primo pela amizade
Bom tempero da saudade
Que alimenta o amor.

Maria Ribeiro disse...

TUCA: isso ,no meu Portugal era possível, acredita! Pois se há gente falecida há anos, que recebe chamadas do hospital para ir fazer a intervenção de que precisava......E outros factos mirabolantes...
BEIJO de
LUSIBERO

Márcia Luz disse...

"A morte absoluta" somente no poema de Manuel Bandeira. Aos funcionários das repartições a glória da imortalidade em relatórios que ainda em vida eram nada mais que produção burocrática.

Gosto de textos assim pequenos, porém densos. Excelentes!

Um grande beijo!

PS: Obrigada pela referência a mim no blog do Ricardo Novais!

Tuca Zamagna disse...

Obrigado, Dani. A gente se esforça pra desinformar cada dia melhor.

Obrigado pelo presente, Pedro. Mas como você ficou sabendo do meu aniversário?

Acredito, Maria. E pelo que você diz, Portugal já atingiu o nivel de excelência hospitalar brasileiro, onde também acontece de tudo, até de relatarem operação de próstata em prontuário de paciente mulher.

Isso mesmo, Márcia. E obrigado pelo elogio, que vindo de você é especialmente honroso. Por você ser o que é, nada mais natural do que a referência no blog do Ricardo. Beijão