. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . Prof. Edson Rocha Braga
O Segredo da Atlântida
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. . . . Ao iniciarem o estudo da linguagem dos golfinhos, os cientistas tinham em vista o objetivo maior de ensiná-los a colocar bombas em belonaves inimigas. Não contavam, porém, com o caráter rebelde desses animais, contrários à luta em prol das causas nacionais e mais chegados à alienação, ao nado livre e à permissividade sexual.
. . . . Dessa forma, o Projeto Golfinho fracassou em sua meta original. Mas, permitiu ao Homem desvendar finalmente o mistério da Atlântida.
. . . . Segundo o relato dos golfinhos, o Continente Perdido, antes de sê-lo, era berço de uma civilização em estágio avançadíssimo, onde já havia inclusive camisinha, vans, telefone celular, McDonald’s, economistas e todas essas coisas maravilhosas através das quais se pode aquilatar o progresso de um povo.
. . . . Pois tudo isso foi posto a perder por um único homem, o cientista M. Kroskiros, físico e especialista
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Miniaturobotização
. . . . Seus trabalhos tiveram ótima saída, avolumando-se de tal forma as encomendas que o autor resolveu industrializá-los, aproveitando seus conhecimentos de físico. Construiu então um robô programado para construir sozinho outro robô, mas de metade do próprio tamanho. O novo robô construiria um outro menor, e assim por diante.
. . . . Kroskiros esperava desse modo obter miríades de robôs miúdos que se encarregariam de reproduzir com facilidade as suas minúsculas obras de arte.
. . . . Ocorreu, porém, um imprevisto. Ao invés de darem uma meia-trava em seu trabalho para pintar cenas de déjeuner, os robôs se mostraram donos de singular falta de imaginação: não faziam outra coisa senão produzir robozinhos cada vez menores. Quando procurou detê-los, Kroskiros não conseguiu mais achá-los, mesmo com a ajuda de um gigantesco microscópio.
. . . . Deu-se então a tragédia. No afã de construir sua meia cópia, um robozinho deu uma cacetada de mau jeito no núcleo de um átomo e desencadeou tremenda explosão, que fez voar caco de robozinhos, cientista, McDonald’s, celulares e todas essas coisas maravilhosas até a puta-que-pariu.
. . . . Um detalhe particularmente interessante no relato dos golfinhos: a Atlântida na verdade se chamava Pacífida, e não ficava situada nem no Atlântico nem no Pacífico - como tudo levava a supor - e sim no Oceano Índico.
14 comentários:
Olá!
E eu que comprei todos "Os segredos de Ariel" da Disney para a minha filha...
Tudo se passava lá, em Atlântida, até a chegada desse... Kroskiros.
Parabéns pelo blog. Belo trabalho.
Abraços,
Orlando.
Olá Teophanio
Sua enquete tem um “Q” de ironia para mim. Votei no Obama. O vazamento de petróleo no Golfo do México está indo longe demais... Nos dois sentidos.
Obrigada por estar no Braille da alma.
Sigo-te!
Abraço
Genial esta Onisciência, uma das melhores publicadas até agora.
Estou contente de ter mais um Blogamigo...
Adoro as onisciências!
A Atlântida "era berço de uma civilização em estágio avançadíssimo, onde já havia inclusive camisinha, vans, telefone celular, McDonald’s, economistas e todas essas coisas maravilhosas através das quais se pode aquilatar o progresso de um povo." kkkkk O Prof. Edson é o máximo!
Olá,
Tive contato com o teu blog no da Luciana dos Santos.
Agora vim conhecê-lo e seguí-lo.
Desde já és convidado a visitar o meu.
Saúde e felicidade.
João Pedro Metz
Ótima esta onisciência. Ótima também a "foto" da Atlântida assinada por Oscarito e Grande Otelo. Só os mais antigos como eu sabem que os maiores sucessos da dupla foram produzidos pela Atlântida Cinematográfica.
Interesting post. You put a lot of creativity and effort into your blog and it shows. Roland
Tutuca! Dediquei ao seu blog um selo de qualidade com muito carinho. Por proporcionar boas risadas minhas sempre!
beijo grande
Blogue sensacional. Quero agradecer pela visita e comentário postado no meu (aliás interessante: Botafogo x Massa Cinzenta).
Saudações!
Interesting and brilliant :-)
Eis aqui nossa Atêntida capitalista, cada vez mais nos consumindo!
Atlantida era para onde eu fugia...
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