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Que venha logo o maior
maria-chutador do mundo!
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Quem conhece a história do Botafogo sabe: sempre tivemos grandes cachaceiros, chincheiros e até cafungadores vestindo a camisa gloriosa. Não tenho nada contra as opções de cada um, desde que o cara consiga dribar a rebordosa e os adversários. Prefiro mil vezes um Garrincha tomando todas e arrasando joões do que certos "atletas exemplares" que, parece, mandam pra dentro um sonífero antes de entrar em campo.
Acho, inclusive, uma hipocrisia das mais hipócritas – e também das mais anti-Hipócrates! – essa coisa de médicos (coniventes com as autoridades esportivas) considerarem dopping o consumo de maconha e cocaína. Imaginem o que aconteceria se um time entrasse em campo com um apoiador cheiradaço e o goleiro maconhado.
Primeiro, o apoiador iria correr uma barbaridade nos primeiros 15, 20 minutos de jogo, marcando em cima até os bandeirinhas e os gandulas, e depois sumiria em campo. A não ser que pedisse e o juiz autorizasse: "Posso ir rapidinho no vestiário pra dar uma cafungada de reforço?"
Segundo, o goleiro passaria o jogo todo besteirão. No primeiro peteleco ao seu gol, o cara iria olhar pra bola e pensar: "Pô, lá vem ela... lá vem ela... tá chegando... e vem bem em cima de mim... chegando... chegou... Ih, entrou que entrou... bem pelo meio das minhas pernas!"
Em resumo, a proibição é (i)moral – do mais reles moralismo cristão! –, e não esportiva. Tanto que, se pintar traços de álcool no sangue do jogador sorteado para o anti-dopping, não dá nada pra ele. A não ser, talvez, se em vez de traços aparecerem travessões, o que indicaria que o cara encheu o pote pouco antes de entrar em campo. Mas isso, que eu me lembre, só foi feito por um juiz europeu, há meses, gerando um espetáculo bizarro, gravado em vídeo que vaga pela internet até hoje, quase tão bêbado quanto o seu protagonista.
Estou falando disso tudo, a propósito de uma notícia que li hoje sobre a tentativa alvinegra de contratar o Ronaldinho Gaúcho, notório consumidor compulsivo de marias-chuteiras. Considero a compulsão sexual – em termos futebolísticos, pelo menos – um vício mais grave que todos os acima citados. Não sei o que os médicos acham disso, e nem quero saber. Gosto de futebol, assim como não aturo gente que só diz asneira. Sobretudo quando usam – indevidamente, na maioria dos casos – o título de doutor.
Mas se os dirigentes do Botafogo acreditam que o maria-chuteirismo é um mal que vem para o bem, que tratem logo de ir atrás do melhor na especialidade. Que deve ser, com certeza, um descendente do italiano Francesco Lentini (foto). Frank, prenome que adotou depois que emigrou para os States, tinha três pernas funcionais, e batia um bolão. Apresentava-se em circos fazendo o diabo com a bola, chegando também a dar aulas para jogadores de soccer. E o mais importante: tinha um potencial excepcional para a prática do maria-chuteirismo, uma vez que possuía dois pênis, ambos também funcionais!
Por isso, rogo à diretoria do Fogão que procure por aí um neto ou bisneto do Frank que tenha puxado o avô ou bisavô. Vai que eles encontrem um Lentini de cinco ou seis pernas e três ou quatro pembas ativas. Pronto, estaria muito melhor atendida essa demanda de um super maria-chutador. E, de quebra, resolveria um problema que vem afligindo bastante a torcida alvinegra. O da falta de pernas do time.
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2 comentários:
Tutuca:
O moralismo que hoje campeia em todos os campos (não só do futebol) é abominável. Não aguento essa história de "politicamente correto". Uma babaquice. Como deveremos chamar agora o nosso gênio do barroco? Cadeirantezinho? É... Aleijadinho não pode.
E tem mais. Não suporto ver jogador do BOTAFOGO fazendo gol e apontando os dedinhos pro céu. Quero um que aponte pro chão.
Quanto ao craque de três pernas, seria fundamental no meio-campo do BOTAFOGO. Enquanto uma servisse de apoio, as outras duas marcariam. Mas teria que ser um bom jogador. Já imaginou o Thiaguinho com três pernas? Ia ser 50% mais engraçado.
E é isso aí: não devemos tripudiar dos trípodes. Por que não quadripudiar dos quadrúpedes ou repudiar os que andam pra trás como o Lúcio Flávio?
Abraços,
Marelão
Cadeirantezinho, embora tenebroso, Marcelão, é muito simples para ser politicamente correto. E nosso Totonho Chico Lisboa não usava cadeira, era carregado por escravo. Nada mal: Carregadozinho por Afro-descendente!
A propósito, quem sabe se esse afro-descendente que chegou agora, o Etiópia (Kênia?), não tem bom instrumento para resolver o problema do Lúcio. Basta o Estevam mandar o negão (ops!... afro-descendentão) colar atrás dele. Das duas uma: ou ele pára de recuar ou pelo menos jogará um futebol mais alegre, sem perder o rebolado...
Abraços
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