sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Amor oportuno e rapidinho

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Elza Magna e Anga Mazle
trovejam por auto-ajuda



As duas trovas abaixo são de um livro que a sexóloga Elza Magna e a amoróloga Anga Mazle escreveram a mais de 20 mãos (além das quatro delas no teclado, haviam outras teclando as duas o tempo todo). A obra só não foi publicada ainda por dois pequenos detalhes. Primeiro: o degas aqui (peço que se pronuncie degá, como o nome do gênio da pintura que, sem dúvida, foi o inventor da luz hidrelétrica!), pois o degas aqui, encarregado, por nossas mestras do amor e do sexo, de ilustrar o trabalho, ainda não concluiu mais que 58,3% das 190 ilustrações previstas por elas. Segundo detalhe: nenhumas das 17 editoras consultadas se interessou em publicar o livro.

Trata-se de um humilde opúsculo esotérico... um Manual Divinatório do Amor e do Sexo, como informa o seu subtítulo. O título, sutilmente sensual como suas autoras, é

A Esfinge sem Calcinha
As ilustrações dessa levadiça brochura são - todas - baseadas em caracteres e símbolos disponíveis no repertório standard de fontes do Windows XP. Uma zona! Misturo tudo, de caracteres e símbolos de diversas fontes do nosso alfabeto a caracteres e ideogramas de mais de uma dúzia de outros alfabetos. Nas vinhetas abaixo, os caracteres são da fonte Arial (boca, nariz e olhos) e da escrita vietnamita (sobrancelhas), em A Escola; e do árabe e símbolos (TVs), em A Tartaruga.
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A Escola (por Anga)
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Que parte de nós aloja

A escola do amor oportuno,
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Onde as aulas são de lógica,
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Sem professor nem aluno?
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A Tartaruga (por Elza)
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Os dias passam... tão lentos...
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Assim é ele... assado, ela...
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Só o amor corre, no tempo
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Do intervalo da novela.


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4 comentários:

Anônimo disse...

Casamento perfeito!
Para a indigência do texto nada mais adequado que o ridículo das "ilustrações".

Tudo tão blasé, tão contemporãneo...

Esse spleen, esse humor tão ácido, sei lá ... me deixam comovido como o diabo ...

Múcio VAlentim, de (sorry, periferia)Firenze

Tuca Zamagna disse...

Pra teu governo,florentino made in China, fiz oficina de literatura on line com o Mario Prata e curso de cenografia fotográfica com Sebastião Salgado. Sem contar os seis meses que trabalhei com o Vick Muniz, pra aprimorar minha estética de vanguarda catando quinquilharia no lixão.

Te manjo bem, Valentim. Tu foi colega do Armando Rodrigues no "Poesia para todos", do Afonso Romano. E lambuzou muito pincel alheio no "Gladis e seus bichinhas".

Maria Regina disse...

Liga pra esse snob não Tuca. Ele deve estar criticando pq esperava encontrar nos textos do livro o mesmo deboche sacana que a Elza e Anga andaram fazendo em outros posts. Parabéns a elas (ou a você?). Tanto os "conselhos" delas como as trovas são ótimos.

Nane Guessa disse...

Puta que pariu a lógica e a novela - FALA SÉRIO!!!