sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crime hediondo na mídia esportiva!

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Jornalistas esquartejam
jogadores impunemente



Eu já evito ler a análise individual dos jogadores, aquela acompanhada de notas de zero a 10 que as páginas esportivas impressas e virtuais costumam publicar junto com a notícia relacionada ao resultado dos jogos de futebol. Se com bom espaço para informar os caras já cometem barbaridades analíticas e contra o idioma, imagine num texto super resumido, que exige maior poder de síntese.

Mas tudo bem, as análises absurdas não há como contestar, porque o analista esportivo tem todo o direito de ser uma besta quadrada. Se há quem pague por isso...

Tudo bem, também, com as aberrações de concordância e regência, os erros grosseiros de ortografia, pontuação e acentuação, o mal emprego de palavras... tudo isso já faz parte do jogo. São como as falhas do juiz, os buracos no gramado, os objetos jogados no campo por torcedores.

Só tem uma palavra, uma única palavrinha que há anos repórteres, locutores e até comentaristas vêm usando, com freqüência cada dia maior, e com o único objetivo, começo a desconfiar, de detonar as defesas orgânicas e psíquicas de idiotas, como eu, que lhes dão atenção. Refiro-me ao adjetivo disperso, empregado para definir a atuação desse ou daquele jogador que, na opinião do analista, passou os 90 minutos meio desligado, talvez pensando no programa que marcou para depois do jogo, uma bimbada com a maria chuteira que há dias o assedia pelo celular.

Caramba, será que neguinho não se toca que disperso não pode ser usado em relação a uma só pessoa, a não ser que antes o próprio jornalista ou alguém - munido de serrote, facão, machado... - tenha esquartejado o jogador e espalhado seus pedaços por vários lugares? Foi o que a tia disse que a Coroa portuguesa fez com o corpo de Tiradentes, não foi?

Se você conhece alguém da mídia esportiva que gosta de empregar disperso nesta acepção esquartejante, por favor, diga a ele, com toda a delicadeza, bem baixinho, se possível sussurrando-lhe ao pé do ouvido, de modo a evitar que o dispersante se irrite e, sabe lá, resolva dispersá-lo no ato: "É dispersivo..."
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4 comentários:

Anônimo disse...

vc fez pior que eles, desrespeitou um herói nacional Joaquim José Silvério Xavier, o Tiradentes

Amadeu Eça

Tuca Zamagna disse...

Você, Amadeu é que desrespeitou o herói, amalgamando-o com o outro Joaquim, o dedo-duro Joaquim Silvério dos Reis. Ou eles foram casados e eu não sabia?... Se for assim, tá explicado: a deduragem foi coisa de mulher envenenada pelo ciúme.

Anônimo disse...

herói pra mim é o menino do mep .

a boa cabrita num berra

Tuca Zamagna disse...

Isso mesmo, Anônimo!
Já não se fazem El Cids como antigamente...