quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Pin-uptal!


Mamãe Noel
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Para quem acredita em Papai Noel, o Natal é sempre no dia 25 de dezembro. Mas para quem tem crença diferente dessa, o Natal pode ser em qualquer dia inclusive hoje, 20 de fevereiro! É o meu caso, que só acredito – e piamente! – na Mallu Fonseca, toda vez que ela resolve desfilar pela Praça São Salvador vestida (?) de Mamãe Noel. Ou de Coelhinha na Páscoa, Fogueteira Junina, Comissão de Frente e Traseiro no Carnaval, Monumento dos Pracinhas no 7 de Setembro... ou até mesmo de Caramboleira Reboleira no Dia da Árvore.

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A Senhora dos Valões 
 

Lilian Juns Borges, ou a cada dia mais bonita e popular Lili Valone, é fundadora e presidente da Amavalão – Associação dos Malemolentes das Valas, Valetas e Valões ­–, entidade que visa a defender os direitos e lutar pela liberdade de emporcalhamento dos indivíduos que vivem à beira, à tona ou nas profundezas das valas afrodescendentes, os esgotos a céu aberto que existem em milhares de comunidades por esse Brasil afora.  Ave Valone, ave valoneiros! Estamos com vocês pro que der e vier exceto visitá-los em casa.

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A psicophia Loren

A psicóloga e psicanalista Marcia Queiroz, a Sophia Loren da Zona Oeste do Rio de Janeiro, é uma personagem criada em conjunto pela imaginação poderosa da multiartista Sra. Raíssa Medeiros e pela necessidade compulsiva de mentir do andarilho e poeta Seu Juca Sem Fio. Trata-se de uma criação tão perfeita, mas tão perfeita... que Marcia Loren anda por aí numa boa – em carne e osso! –, e sempre envolvida no atendimento de milhares de malucos de todos os tipos – inclusive Raíssa, Seu Juca e eu!

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Barbieluaê

O lançamento natalino da Tania Contreiras é uma explosão de sucesso no mercado de brinquedos infantis. A Barbieluaê, que vemos na imagem acima, já é líder absoluta em vendas em Salvador e em todos os municípios norte-americanos, europeus, africanos, asiáticos, australianos e paraguaios da Bahia!  A baianíssima bonequinha fala, sem demonstrar preguiça, diversas palavras, como: mainha, painho, axé, porreta, qué chupeta com pimenta!, cadê caê? Mas se alguém apenas sussurra a palavra trabalho, ela já abre o maior berreiro! 

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Cada um despetala a Margaryda como pode
Margaryda Brito posou para o grande Elvgren. Lindo, não? Mas ela se achou magrela e encomendou a outro artista, o Baron, uma turbinada em certas partes. Ficou bem boazuda, mas eu prefiro a versão original, muito mais delicada e luminosa, atributos essenciais à aura de feminilidade. E essa Margá barônica tem um rosto duro, uns ombros largos e um pesão que... não sei, não, viu? Além disso, por que um cordão tão curto para o crucifixo? Na certa o desenhista quis evitar que Cristo mergulhasse no abismo de pecados do decote. Pô, que maldade, rapaz! Jesus também é filho de Deus...
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 The Jingle Cupid


Sayonara Melo é o único habitante da Amazônia que incorpora o poderoso e enigmático Jingle Cupid, entidade que se diz – em inglês texano, sempre em inglês texano – filho bastardo do John Wayne com a Curupira e pai do Boto com mãe desconhecida. Como o filho famoso, ele é acusado de engravidar muita gente por toda a vasta área amazônica, com a diferença que o Boto age diretamente e tem preferência por mocinhas em geral virgens, enquanto Jingle Cupid apenas induz a paixão, o desejo incontrolável e a gravidez entre duas pessoas – sempre homens e sempre carecas. Nas imagens acima vemos, à esquerda, Sayonara/Cupid caçando carecas na selva e, à direita, celebrando a união amorosa e a iminente gravidez entre duas de suas felizes vítimas. O mais romântico dessa história é que ambos os carecas parem. Meio a meio, isto é: um pare meio bebê da cintura para cima, o outro pare a parte de baixo. Não é raro ocorrer, durante a montagem das duas partes do recém nascido, uma pequena distração dos pais, que colam a parte de baixo para trás e assim geram – que fofo! – uma curupirazinha.

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P R O MO Ç Ã O   I M P E R D Í V E L
Dois Tucassos pelo preço de um Picasso!


 Luiza Maciel Nogueira (no alto) e Carla Diacov (acima) são duas das muitas meninas de rua que Paolo Tucasso transformou em celebridades engordando, esqueletiquizando, amarfanhando, esquartejando e até liquidificando seus corpos ao retratá-las em quadros que não passam de cópias e fusões malfeitas de obras de um pintor andaluz cujo nome agora me escapa, meros pastiches que fazem tremendo sucesso no ora esquizofrênico ora demente mercado de arte. Luiza também pinta quadros, mas não os vende por dinheiro nenhum: só aceita cheque, cartão ou vale-refeição. Carla escreve – só sobre ovos, mormente os de colibri, lagartixa, borboleta e outros animais de fiofó ainda mais apertadinho. “Sou – define-se – uma escritora barroco-minimissimalista e de alma tão oval quanto o reto dos poedeiros.”

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PIN-UPET

O superxodó das gatas caninas

 Bono Terra Camargo é um dos bons partidos mais cobiçados pelas moçoilas da alta sociedade canina portalegrense. Mas o bon vivant  gaudério não quer nada com compromisso, gosta mesmo é de pegar de vez em quando uma beldade bem carnuda e comê-la até os ossos – que depois enterra  na memória para um dia desenterrar e se gabar um pouquinho com os netos, bisnetos e tataranetos de seus parentes e amigos.  O diabo é que sua empresária, Lelena Pestebiped, discorda dessa pacata filosofia de vida, e não passa um segundo sem tentar comprometer o coitado do playboy, assoviando e acenando com promessas de casamento para qualquer senhorita vira-lata que passe na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê.

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PINAPOS

O pai do João Marcelo


Paulo Marcelo Sampaio é uma rara orquídea alvinegra, encontrada apenas no interior de um pequeno vulcão ativo das Ilhas Diomedes, no Estreito de Bering.  Nas horas vagas – geralmente, não mais que 23 por dia –, ele exerce a sua maior virtude: ser pai do João Marcelo, um menino muito inteligente, sensível e criativo que volta e meia sai com umas tiradas sensacionais. Certa noite em que estávamos na Praça São Salvador, Paulo ia com não sei quem fazer não sei quê lá não sei aonde e deixou João, então com 5 anos, aos meus cuidados. (Na verdade, foi o contrário: eu é que fiquei aos cuidados do João, que é esperto o bastante para perceber que, se me perde de vista por um segundo, dou logo um jeito de, por exemplo, ser atropelado por uma carrocinha de pipoca). De repente, reparei que o menino parara de correr pela praça e estava com as mãos na virilha. “Tá querendo ir ao banheiro?” – perguntei. E ele, seríssimo: “Não, obrigado.” Insisti, achando que ele estava com vergonha de admitir a urgência: “Vamos lá, eu também preciso ir.”  “Então vai, mas eu não posso sair daqui agora, não”, me despachou, ainda com as duas mãos cobrindo as partes. “Por que não, João Marcelo?” E ele, compenetradíssimo: “É que vão cobrar uma falta perigosíssima contra o Botafogo e eu estou na barreira.”

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Não te empresto mais meu piano, Beto!

Depois de desbravar o velho oeste mineiro e todo o cerrado norte-americano, Roberto Lima ganhou o mundo com seu show de variedades comandado por Buffalo Betto, alterego dele e de um bispo por quem se apaixonou durante um número de strep-tease apresentado pelo sacerdote, onze freiras e um sacristão boiola ao longo do Caminho de Santiago.  Roberto casou-se com os treze e incorporou ao seu show itinerante o número deles, delicadamente incrementado com a participação de dois tigres, seis leões, 19 cascavéis e uma ave que sabe de cor o best-seller Meninos de São Raimundo: um mutum vesgo e perneta, presente da professora de música Lina Mendes – que está oferecendo novos horários para belzontinos interessados em aprender a tocar piano através de um método inovador e muito divertido, porque implica que o aluno suba dois andares de escada até o apartamento dela levando nas costas o seu próprio instrumento, obrigatoriamente de cauda.

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As velhotas assanhadas do 2º andar
  
Ediney Santana achava que resolveria todos os seus problemas financeiros alugando o segundo andar de sua mansão à beira mar para quatro anciãs muito simpáticas. Vai nessa, meu rei! As velhotas são da pá virada: vivem peladas e aprontam confusão o tempo todo. Meio surdas, só ouvem seus quase centenários discos de charleston e foxtrot no volume máximo de um gramofone. E cantam aos berros e dançam como se cavalgassem pela casa.  Toda hora deixam cair ou jogam coisas pelas janelas: de calçolas e espartilhos a garrafas vazias e vasos de plantas, de cascas de frutas e legumes a guimbas acesas de cigarro e charuto. Numa discussão há duas semanas, uma delas jogou uma bigorna em outra. Infelizmente, para Ediney, a velhota errou o alvo e a bigorna caiu no chão, entrando pelo teto da despensa do poeta e esmagando vários produtos, inclusive sua sagrada garrafa de pimenta malagueta. Agora foi a vez do gramofone, que não quebrou nada mas acordou Gilberto Gil que dormia na rede. O compositor, com a calma que lhe é peculiar, disse: “Se precisar, Ed, me chame que lhe ajudo a dar umas palmadas nas avozinhas”. E voltou a dormir.

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O outrora marombeiro Tuca Zamagna


Já fui bem fortinho, meninas, tão pensando o quê? Aos seis meses de idade já malhava ferro de 5 quilos em cada braço. Mas parei de malhar com 2 anos e pouco, quando me tornei esse armário de quatro portas que vocês estão vendo na foto. “Por que parou? Parou por quê?” Bem, o problema é que a malhação estava aumentando legal todos os meus músculos – exceto um, o principal, que, ao contrário, definhava a olhos vistos. Ou melhor: a olhos com lupa entrevistos! Minha babá, a Enedina Odete, até que se esforçava para incentivar meu nanobilau a crescer, lançando mão – e principalmente boca – de uma fisioterapia caprichadíssima. Tudo em vão. Mas a pá de cal nessa minha onda de ser o supergostosão da creche foi um diagnóstico médico: o doutor disse que o fortalecimento muito acelerado estava me causando velhice precoce. De fato, reparem bem, até pés de galinha eu tinha!
(Como, Paulinho Saturnino? Se eu sentia prazer durante as sessões de fisioterapia com a Enedina Odete? Claro que não, mano véio. Com aquele gravetinho eu não sentiria nem dor, caso se ele fosse esmagado, eletrocutado ou mesmo cortado fora. E quer saber? Nem o diabo da Enedina Odete sentia nada. Levei alguns anos para chegar à conclusão óbvia: aquela sonsa só me usava para palitar os dentes!)


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