.
.
(sem título)
. . . ..
. .. .
. .
.
. . . . . . . .
. . . .
Lúcio Cardoso .
. .
..
. .
Ó Estrela, carne
fulgurante, rosa do mar,
guia do solitário
navegante, amante dos heróis
––
.que nesta hora plena tua alma nos conduza
à amplidão sem fim,
perpetuamente recomeçada,
onde o perigo fala,
e tu, Estrela,
apascentas o rebanho
noturno das vagas.
Ó Estrela, dá-nos a
morte da surpresa,
o alfange erguido
como o castigo,
a recompensa dos
fortes, o teto puro
do céu desdobrado
sobre o mar...
Dá-nos a glória do
naufrágio.
.