sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ao botafoguense, esse ser trágico


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(sem título)  .  . . ..  . ..  .  .  .  . . .  .  .  .  .  .  .  .  .  .

Lúcio Cardoso      .   .  . ..  .  .

Ó Estrela, carne fulgurante, rosa do mar,
guia do solitário navegante, amante dos heróis
–– .que nesta hora plena tua alma nos conduza
à amplidão sem fim, perpetuamente recomeçada,
onde o perigo fala, e tu, Estrela,
apascentas o rebanho noturno das vagas.

Ó Estrela, dá-nos a morte da surpresa,
o alfange erguido como o castigo,
a recompensa dos fortes, o teto puro
do céu desdobrado sobre o mar...

Dá-nos a glória do naufrágio.

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