Revista O Malho divulgava em 1903
aparelhos para curar a ignorância
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APARELHOS QUE DÃO PODERES IRRESISTÍVEIS
Dispensando aprendizagem pelos livros
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APARELHOS QUE DÃO PODERES IRRESISTÍVEIS
Dispensando aprendizagem pelos livros
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Aqueles cuja inteligência não compreender livros ou que não tiverem tempo para estudar poderão, mediante o pagamento de 60 mil réis, receber os dois Acumuladores Mentais (números 5 e 6), da Escola Oculista da Califórnia, cujos resultados são análogos aos dos livros; pois, conforme a instrução que os acompanha em uma caixinha com bolsa de seda, essência e pergaminho, fazem mexer a agulha de uma bússola a distância e têm influência rádio-psíquica sobre os elementos psíquicos, de maneira a constituir no ambiente uma espécie de torpedo espiritual que realizará a vontade concentrada no Acumulador. Operam em virtude da mesma lei de reversibilidade segundo a qual o fonógrafo reproduz a voz. Se a eletricidade mecânica produz um ímã, um ímã em movimento produz eletricidade; se as idéias tendem a transformarem-se em atos ou formas, estas, em dadas condições, produzem as idéias e como tais sugestionam. (...)
O Acumulador 5 é especial para neutralizar os males da inveja e produzir amor ou amizade; o 6 convém para fazer facilmente ganhar dinheiro em qualquer negócio ou profissão. Quando estes dois acumuladores estão reunidos em poder de uma mesma pessoa, suas virtudes são então extraordinárias, visto que DÃO O INTEIRO PODER MAGNÉTICO.
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Aqueles cuja inteligência não compreender livros ou que não tiverem tempo para estudar poderão, mediante o pagamento de 60 mil réis, receber os dois Acumuladores Mentais (números 5 e 6), da Escola Oculista da Califórnia, cujos resultados são análogos aos dos livros; pois, conforme a instrução que os acompanha em uma caixinha com bolsa de seda, essência e pergaminho, fazem mexer a agulha de uma bússola a distância e têm influência rádio-psíquica sobre os elementos psíquicos, de maneira a constituir no ambiente uma espécie de torpedo espiritual que realizará a vontade concentrada no Acumulador. Operam em virtude da mesma lei de reversibilidade segundo a qual o fonógrafo reproduz a voz. Se a eletricidade mecânica produz um ímã, um ímã em movimento produz eletricidade; se as idéias tendem a transformarem-se em atos ou formas, estas, em dadas condições, produzem as idéias e como tais sugestionam. (...)
O Acumulador 5 é especial para neutralizar os males da inveja e produzir amor ou amizade; o 6 convém para fazer facilmente ganhar dinheiro em qualquer negócio ou profissão. Quando estes dois acumuladores estão reunidos em poder de uma mesma pessoa, suas virtudes são então extraordinárias, visto que DÃO O INTEIRO PODER MAGNÉTICO.
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4 comentários:
kkkkkkkkkkkk hilário este artigo, Tuca. Matéria paga, né? Engraçado como as pessoas acreditavam nessas coisas... quer dizer, engraçado como as pessoas ACREDITAM nessas coisas! tudo que é livro de auto-ajuda no fundo é isso aí, uma maquininha absurda que as pessoas esperam que dê um jeito em suas vidinhas sem graça. Será que não sabem ou não querem dar um jeito?
Sei lá se elas sabem, Wilden. Mas que não querem, não querem mesmo. Tanta coisa melhor que a vida oferece. Na pior das hipóteses, há a opção de pular, por exemplo, da janela de um trigésimo andar. Teriam só alguns segundos de vida, mas infinitamente mais intensos que todos os anos que viveram.
Até tu, Tuca? Agora entendi porque sua mãezinha sempre tentou morar em andares mais baixos. E então, já consertou as redes que Solange Suzana mandou por em todas as janelas, como quem não quer nada? Acumuladores não são de minha época, mas Pilogênio, hem? camarada, ambos usamos com fartura... eu, infelizmente, quase sem sucesso.
Não adianta consertar as redes, Paulinho. Dona Celeuma, minha mãezinha, no vigor de seus 97 anos, dá sempre um jeito de rasgá-la para mergulhar, do quinto andar, na piscina do play. E raramente erra o alvo!
Quanto ao Pilogênio, a coisa mais perto disso que usei foi a Philomena, que morava lá na moleira do Morro da Saúde. O tratamento não durou muito, mas me fez muito bem à saúde. Subia aquela pirambeira toda a pé, tomava uns amassos philomênicos no muro, e quase sempre descia correndo, tocado a tiros por seu Ptolomeu, pai dela.
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